sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Henrique Medina Ribeiro

Depois de ter sido feito o repto aqui fica a prova da nossa imparcialidade. Peço-lhe que se refastele na sua cadeira e delicie-se.



Concordo totalmente com a critica feita à televisão como meio de comunicação irresponsável e cooperativo com a situação actual. Não serão os únicos culpados (somos todos) mas têm uma dimensão e um alcance que exige uma muito maior responsabilidade.
Como sociedade só conseguiremos (sobre)viver se a regra (e não a excepção) for que cada um faça o seu papel. Para que isso aconteça é preciso que desde muito cedo possamos ter exemplos a seguir. Se a quem cabe esse papel não o executa o que estaremos a construir para o futuro?

7 comentários:

Anónimo disse...

O Dever da Verdade: o Fim da Grande Ilusão?

O último livro de Henrique Medina Carreira e Ricardo Costa, O Dever da Verdade – Que país somos, em que Estado estamos e para onde caminhamos?, da editora Dom Quixote.

Henrique Medina Carreira é um conhecido especialista em assuntos fiscais e analista da economia portuguesa, em particular nas matérias referentes às contas públicas. Durante a sua já longa vida pública tem ocupado diversos cargos de destaque, tendo ocupado entre outros o lugar de Ministro das Finanças e subsecretário de Estado do Orçamento.
Para além da intervenção política directa, Henrique Medina Carreira foi Professor do ensino superior e tem várias publicações, incluindo o capítulo “O Estado e a Segurança Social” no importante estudo dirigido por António Barreto “A situação social em Portugal”, publicado nos finais da década de 90. Foi também autor de um Livro Branco sobre a Segurança Social, elaborado a pedido do Engenheiro António Guterres, mas cujas conclusões e medidas aí identificadas nunca viram a luz do dia.
O Professor Medina Carreira é também conhecido em alguns meios pelo nome de Cassandra, a personagem da tragédia grega. Cassandra, filha do rei de Tróia e profetiza, recusou-se a dormir com o Deus Apolo e, por isso, foi amaldiçoada. A maldição fez com que ninguém acreditasse mais nas palavras de Cassandra e o anúncio de desgraças e catástrofes passou a ser entendido como um sinal de demência. O resultado de deixarem de acreditar nas profecias de Cassandra foi a queda de Tróia. Acho que quem chamou Cassandra ao Professor Medina Carreira se esqueceu desta parte desta história e só se lembrou do capítulo do anúncio das desgraças.

Duas boas razões para ler o novo livro de Medina Carreira e Ricardo Costa. Em primeiro lugar, qualquer pessoa que conheça a realidade da economia e sociedade portuguesas é obrigado a concordar com a maioria das análises apresentadas neste livro de Medina Carreira. As suas análises têm sido catalogadas de pessimistas. Eu prefiro chamar-lhe lúcidas. No entanto, os políticos portugueses e uma parte significativa da sociedade portuguesa continuam, apesar de tudo e pelo menos na aparência, a manter um optimismo e uma confiança como se estes pudessem estar desligados da realidade.
Em segundo lugar, vale a pena ler o livro O Dever da Verdade pela coragem da análise. Nunca é fácil ir contra a corrente. Mas em Portugal, um país que lida muito mal com a crítica, que não gosta de discutir, é ainda mais difícil e, por isso, é preciso ter ainda mais coragem para ser impopular. No entanto, é preciso dizê-lo, o livro é um sucesso de vendas.

Anónimo disse...

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Se te chamas Egidio, se te apresentas com um animal cornudo no teu blog, se só sabes falar bem do PS, se já tens emprego na Câmara, envia o curriculum de alguém da familia para o encaixarmos por lá, se já lá estão os familiares manda o do cão que nós tratamos do resto.

pirandello disse...

Agradeço desde já o facto de ter aceite o repto que lhe lancei. Afirmo também que concordo em absoluto com a sua analise relativamente á comunicação social.
Nos países desenvolvidos a comunicação social é o quarto poder, e aí, poder e oposição são tratados em pé de igualdade. Sou um admirador da cultura americana, (consciente das suas virtudes e dos seus defeitos)e acompanhando as agora as eleições aprecio a forma como os dois candidatos são tratados pela comunicação social. Para os interessados recomendo o blog Eleições Americanas de 2008, no ambito da tese de mestrado de Nuno Gouveia.
A propósito do tratamento da TV publica à lider do PSD, nada disse. Concorda?
Sabe, eu sou daqueles que acha que na nossa jovem democracia as eleições tem sido ganhas por demérito de quem está no poder, portanto recomendo prodência àqueles que querem já fazer o funeral politico à dita senhora.

Anónimo disse...

Nunca pensei que o Egídio desse tanto que falar.
Mas a verdade é que deu azo alguns anónimos para falarem do que não sabem, porquê ?
Medo?
Será que tem medo do Egídio?
Será que este homem tem tanta importância?
Cada um sabe o porquê de tão perniciosas palavras…
Cada qual vale pelo que faz, mas, a ofensa pessoal é de quem não sabe conviver em liberdade.
É de quem não vive, mas, sim sobrevive na tortura do ser medíocre, sem capacidades.
De discernimento perfeito, quando não tem argumentos fere, com mentiras covardes, num medo constante de que o mundo lhe arruíne a vida!
Dos fracos não reza a historia.
Egídio, pensa sempre que se te querem atingir, é porque incomodas e tens valor muito mais valor do que aqueles que querem derrubar-te, porque esses são frustrados tem pena deles!

Alma da Gente disse...

Amigo Pirandello (se me permite que o trate assim):

"A propósito do tratamento da TV publica à lider do PSD, nada disse. Concorda?"

Concordo que a Dra. Manuela Ferreira Leite não aparece o tempo equivalente aos do partido do governo. Os motivos? Não quero parecer ingénuo, mas quando a televisão, sobretudo a pública, é completamente governamentalizada, qual é a resposta que quer que eu dê? É cristalino como a água.
No entanto deixe-me que também faça esta pequena observação: a Dra Manuela F. Leite, não é de facto abençoada pela telegenia, ou pela melhor das oradoras. Claro está que não serão esses os motivos de lhe tirar o mérito político ou de integridade pessoal e politica. Deixo-lhe uma questão: Não haverá, também, dentro do PSD quem olhe pela imagem do partido e tenha a mesma opinião sobre ela e como tal não a deixe expôr muito?

Obrigado pela sua atenção,

cumprimentos

Anónimo disse...

Quem é o Medina Ribeiro?

pirandello disse...

Meu caro, posso garantir-lhe muito modestamente, que ouvi da boca dela o seu lamento pela forma como a tv publica a tratou até ao momento. E na sua presença estavam algumas das figuras que a acompanham na liderança, por isso a meu ver nada tem a ver com a preservação da imagem. Agora que ela tem um estilo diferente de comunicar, lá isso tem. Uns gostam outros não, eu aprecio a forma e o conteudo. Como disse, esta é a minha modesta opinião.
Permita que lhe diga ainda que algumas teorias do marketing de imagem podem ser engolidas face à crueldade do real. Os tempos que aí vêm, cá em Portugal, serão bons conselheiros e irão dar razão áqueles que acham que a gestão da imagem e a propaganda não serão soficientes para esconder essa cruel realidade.