Comentário sobre orçamento 2009, de João Silvestre do jornal o Publico, que vale a pena ler com atenção.
É quanto a mim, uma apreciação realista, sem interpretações tendenciosas.
Por favor leiam e comentem:
“Pela primeira vez em vários anos, o Orçamento é usado verdadeiramente como um instrumento de política económica e não apenas como um espartilho em que o mais importante é cobrar mais e gastar menos para Portugal não levar um puxão de orelhas em Bruxelas.
Nos últimos anos, os Governos têm privilegiado a redução do défice à custa de outros objectivos. Mas agora, em plena crise económica, Sócrates e Teixeira dos Santos acharam - e ainda bem que o fizeram - que a situação é demasiado grave para ficar a olhar para ela de braços cruzados.
Sem política cambial e monetária, se não é a política orçamental a lançar a mão à economia, não há ninguém que o faça. O Governo podia escolher entre continuar a consolidação orçamental em 2009 - o que poderia ser até um esforço inglório - ou usar as contas públicas para tentar enfrentar o problema. Escolheu o segundo caminho e, conscientemente, avançou com um agravamento do défice. O que, aliás, parece ser a tendência em vários outros países europeus, com a aparente complacência da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.
Este Orçamento é o regresso da política orçamental a sério. O Governo apertou o cinto desde 2005, conseguiu baixar o limite dos 3% para cumprir o limite do Pacto de Estabilidade e agora assumiu os riscos. A mostrar que afinal sempre há vida para além do défice e que, como na fábula da cigarra e da formiga, nada como armazenar durante o Verão para poder enfrentar melhor o Inverno.
Pode-se discutir o mérito das medidas caso a caso. Até criticar o eventual eleitoralismo de algumas delas. Mas é um passo que há muito não se via em Portugal e que surge num momento decisivo para a economia nacional. Será suficiente para evitar que Portugal estagne em 2009? Parece pouco provável, já que a economia portuguesa está a ser apanhada num furacão que vem do exterior e que foge ao controlo do Governo. Mas ninguém poderá acusar o Governo de não ter tentado”.
João Silvestre - Publico
“Pela primeira vez em vários anos, o Orçamento é usado verdadeiramente como um instrumento de política económica e não apenas como um espartilho em que o mais importante é cobrar mais e gastar menos para Portugal não levar um puxão de orelhas em Bruxelas.
Nos últimos anos, os Governos têm privilegiado a redução do défice à custa de outros objectivos. Mas agora, em plena crise económica, Sócrates e Teixeira dos Santos acharam - e ainda bem que o fizeram - que a situação é demasiado grave para ficar a olhar para ela de braços cruzados.
Sem política cambial e monetária, se não é a política orçamental a lançar a mão à economia, não há ninguém que o faça. O Governo podia escolher entre continuar a consolidação orçamental em 2009 - o que poderia ser até um esforço inglório - ou usar as contas públicas para tentar enfrentar o problema. Escolheu o segundo caminho e, conscientemente, avançou com um agravamento do défice. O que, aliás, parece ser a tendência em vários outros países europeus, com a aparente complacência da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.
Este Orçamento é o regresso da política orçamental a sério. O Governo apertou o cinto desde 2005, conseguiu baixar o limite dos 3% para cumprir o limite do Pacto de Estabilidade e agora assumiu os riscos. A mostrar que afinal sempre há vida para além do défice e que, como na fábula da cigarra e da formiga, nada como armazenar durante o Verão para poder enfrentar melhor o Inverno.
Pode-se discutir o mérito das medidas caso a caso. Até criticar o eventual eleitoralismo de algumas delas. Mas é um passo que há muito não se via em Portugal e que surge num momento decisivo para a economia nacional. Será suficiente para evitar que Portugal estagne em 2009? Parece pouco provável, já que a economia portuguesa está a ser apanhada num furacão que vem do exterior e que foge ao controlo do Governo. Mas ninguém poderá acusar o Governo de não ter tentado”.
João Silvestre - Publico
6 comentários:
Sugeria ao ilustre Mealhada Café, um post com os comentários do Prof. Medina Carreira a este mesmo Orçamento comunicado a prestações.
Já passou já um dia e o Mealhada café não aceitou o repto. Nickles.
Entende-se:
É muito mais fácil soltar a verborreia incontida que é um mero reflexo dos soundbites da PROPAGANDA governamental.
Lá nisso, reconheça-se-lhes, são mesmo bons, em PROPAGANDA.
Não responderam a este repto, mas já investiram contra a Manuela F L, no seu tom habitual, de rufias.
16 de Outubro de 2008 23:57
WE ARE BAD!!!AND YOU LOVE US SO MUCH!
Laranja mecânica? É isso? Mas isso é já pré-histórico, do século passado!! Já não assusta ninguém!
Assusta mais a baixeza, a torpe incompetência, a verborreia gratuita e mal alinhavada, o puro e sádico gosto de dizer mal por dizer! E quanto à ilusão de fazer humor, sem ter graça nenhuma, essa então é de induzir vómitos.
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