segunda-feira, 3 de novembro de 2008




Governo de José Sócrates que, até agora, ficou sem resposta:



Depois da retórica anti-capitalista, José Sócrates deve uma explicação ao País, e o ministro Vieira da Silva também, além das perguntas que já coloquei sobre este caso, sobre as seguintes dez questões relativente ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), adiante designado por Fundo:
1. O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, cujo objecto é ajudar a garantir a sustentabilidade do sistema de segurança social (designadamente o pagamento das pensões dos portugueses), comprou acções do BPN?...

2. O Fundo gastou, conforme informação da Dra. Maria José Nogueira Pinto, 500 milhões de euros em acções (não cotadas em bolsa!...) do BPN?...

3. Na hipótese de não ter sido esse número, se foram compradas acções do BPN, como se alegou, qual o valor da compra?

4. Se as acções alegadamente compradas não estavam cotadas em bolsa, quem avaliou as acções e com que instrumento legal?

5. Por que motivo o Fundo compraria alegadamente acções não-cotadas em bolsa de um banco com públicas e notórias dificuldades financeiras como o BPN: para investimento?!...

6. Quem terá mandado o Fundo comprar, como se alega, acções não-cotadas em bolsa do BPN?

7. De quem eram as acções não-cotadas que, alegadamente, o Fundo comprou? Mesmo que ao portador, uma transação com o volume alegado não é casual e tem vendedor identificado... Por que comprou?...

8. Que acções de outros bancos com dificuldades, e cotações em declínio, como o BCP, o Fundo tem comprado e com que volume?

9. O Fundo serve para garantir a sustentabilidade da Segurança Social, conforme é a sua obrigação, ou para socorrer financeiramente bancos em ruptura financeira e sustentar cotações de outros?

10. Estas operações do Fundo são admissíveis perante a lei que regula o Fundo?


O Governo de José Sócrates pode continuar a evitar fornecer estas informações detalhadas aos portugueses, relativamente ao caso do Fundogate. Mas essa opacidade não dura sempre. Por mais que demore, um dia, os responsáveis do Fundo, e os dirigentes políticos responsáveis, serão chamados a explicar cada movimento do Fundo, especialmente os de maior dimensão, as instruções recebidas da tutela (e de quem, os despachos, os ofícios, os mails, etc.), analisando-os à luz do quadro legal estrito definido. Julgo que o Governo não poderá negar o controlo da Assembleia da República, do Presidente da República, Tribunal de Contas, além do controlo de outros organismos judiciais, neste domínio.


O dinheiro o povo é sagrado: a sua aplicação tem de ser transparente e escrutinada em detalhe. O povo tem direito a saber.

2 comentários:

Burguês disse...

Voltei!

diariodoburgo.blogspot.com

Anónimo disse...

outra vez!?