terça-feira, 25 de novembro de 2008

Geração dos 30 anos pode perder até 60% da reforma


A geração dos actuais 30 anos poderá perder até cerca de 60 % do seu rendimento à luz das regras de cálculo da reforma actualmente em vigor. Conclusões de um estudo, divulgado esta terça-feira, que prevê um futuro "infeliz" para estes jovens.
De acordo com o estudo "Reformas em Portugal: As Verdades que os Portugueses desconhecem", realizado pela Optimize - uma sociedade gestora especializada em produtos de poupança de particulares - o futuro da actual geração dos 30 anos é "infeliz", com o factor de sustentabilidade (impacto do aumento da esperança de vida média) a entrar nas regras do cálculo da reforma, referiu o administrador da Optimize, Diogo Santos Teixeira na apresentação do estudo.
Segundo as contas do estudo, um indivíduo actualmente com 30 anos, com um salário de 1.500 euros e a trabalhar desde 1999, aos 65 anos (com 40 anos de contribuições), deverá ver, com a sua reforma, o rendimento reduzir-se para metade, tendo em conta um crescimento anual médio do salário acima da inflação.


in: JN 25/11/2008


Traduzindo:


Quer dizer que passamos uma vida a estudar , para sermos licenciados, mestrados e doutorados (quiçá!) e a andar em empregos de caca, a pagar impostos que nos dariam muito jeito se ficassemos com ele em vez de o darmos ao estado, e ainda por cima já sabemos de antemão que o desconto nosso de cada mês não vai servir para nada.

E sabemos disso com a antecedência de 30 anos ( e nada vai ser feito?) apesar de se falar nisto agora com 30 anos de antecedência, daqui a mais 30 tudo estará na mesma ou pior, não há Génios, ou Politicos que mudem o Mundo. Triste é saber que já vivemos 30 anos e daqui a mais 30 os sacrificios que fazemos agora não nos vai valer de nada e que estes avisos não são levados em consideração por quem trata do dinheiro de todos nós.

No fundo estas noticias não são um aviso mas sim uma sentença profetizada.

9 comentários:

Gaius Germanicus disse...

Aquilo que se apregoa há uns anos não é um mito urbano mas uma triste realidade - a falência do sistema público de Segurança Social.
Aos mais previdentes o que se aconselha é que, na medida das parcas possibilidades económicas, optem por regimes alternativos de assegurar um futuro que não seja tão tristonho - ex. os famosos PPR.
A falência da Segurança Social também se deve um pouco ao excesso de garantias para os desempregados crónicos (não falo obviamente dos que querem trabalhar mas daqueles a quem o subsídio de desemprego ou o rendimento mínimo é um estímulo à lassidão).
No dia em que apertar a fiscalização aos milhares de casos fraudulentos talvez a Segurança Social consiga ter mais uns anitos de fôlego.

Ave Caesar

Pedro Costa disse...

Quem viu o último "Perdidos e achados" da SIC acerca do Bairro do Aleixo no Porto sabe bem do que falas caro Gaius.
Em 1998 estavam desempregados e agarrados à droga; em 2008 estão limpos da droga (dizem) e continuam desempregados. Rendimento Social de Inserção que custa ao estado português um milhão de euros por dia (numeros ainda não indexados à crise actual).

Anónimo disse...

Comentários inteligentes e urgentes
como devemos reagir,eis a questão.
Quem se preocupar com estes problemas concerteza verá que o Estado-Providencia já teve melhores dias;devemos por isso abandoná-lo e acreditar na Mão Invisivel?Responda quem souber.

Anónimo disse...

Não se vê que o estudo é feito de encomenda para a dita companhia gestora de fundos.
É impressionante é que gente com tantas licenciaturas, politólogos natos etc. não veja que o marketing faz destes milagres!...
Todos os estudos feitos são conclusivos, não iremos ganhar o que ganhamos na altura da reforma, já agora não é assim só para alguns mas mesmo para esses está a acabar, agora ponta para uma redução na casa dos 20% nunca mais do que isso.
Por isso podemos fazer complementos de reforma.
Também a segurança social é para ajudar todos não é um sítio onde se põe o dinheiro para rentabilizar só para nós. Por isso já existem algumas alternativas ou opções mesmo dentro da segurança social de capitalização para a dita reforma.

Anónimo disse...

No milha de Caligula o Carvalheira é um génio. Parece até que foi ele que descobriu que o ano tem 365 dias.

Alma da Gente disse...

Caro Pedro também não podemos generalizar assim tanto, isto do RSI não é só para os que viveram problemas relacionados com a toxicodepência e que agora não têm trabalho (acho que ainda prefiro esta expressão à de "emprego")e não se esforçam por arranjar um, mas também tem ajudado, como o Gaius disse e muito bem, aqueles que querem um trabalho e não o conseguem com esta crise de desemprego que o governo tem ajudado a "cavar". No entanto, também é verdade que muitos que beneficiam do RSI são pessoas que estão completamente subsidio-dependentes e a quem é muito mais agradável estar em casa de papinho ao ar e o dinheiro vir cair-lhes ao colo sem nenhum esforço.

Anónimo disse...

O Carvalheira é um cérebro de ervilha e o Gaius vai pelo mesmo caminho.
Então o Breda, o Cabral e a CDU todos defendem a aquisição dos terrenos do IVV mas a ideia é do Carvalheira.
Gaius enxerga-te. Estás a perder o juizo. É por isso que censuras não é? Repetes as coisas muitas vezes para depois pensares que é verdade.

Pedro Costa disse...

No comentário que fiz acima, referia-me apenas às pessoas que foram entrevistadas na SIC no Perdidos e Achados.
Não generalizo. Nem sequer ao Bairro do Aleixo, quanto mais ao universo das pessoas que recebem o Rendimento Social de Inserção.
O que falha em Portugal neste particular é a inexistência de um instrumento fiável de medição do nível de vida das pessoas. Existem no nosso país, provavelmente no nosso concelho, empresários que declaram o salário mínimo e cujos negócios apresentam, ano após ano, resultados (fabricados) que não lhes permitem apresentar lucros. Essas pessoas não se candidatam ao RSI (acho eu) mas pagam os escalões mais baixos nos infantários, recebem abono de família correspondente aos rendimentos que apresentam, vão de férias para o Brasil e deixam o Mercedes no parque de estacionamento do aeroporto.
Em contrapartida temos idosos que recebem pouco mais que a pensão de sobrevivência, que estoiram logo tudo alegremente em medicamentos e outras modernices e só porque têm casa própria, às vezes nem casa é, não recebem o RSI.
Obrigado pela chamada de atenção, Alma da Gente.

Alma da Gente disse...

Compreendi Pedro. Obrigada pelo esclarecimento. Subscrevo o que referiu.