Cavaco Silva não se “vingou” do Estatuto dos Açores e fez um discurso independente e equilibrado. Não faltarão os que encontrarão no discurso críticas ao Governo ou manifestações de solidariedade com esse mesmo Governo. É uma sovinice analisar todas as palavras de Cavaco Silva sob essa perspectiva, seria um erro se o Presidente da República se encaminhasse por esse trilho.
Pessoalmente concordo com o conteúdo do discurso e destaco alguns pontos que me parecem importantes:
1º A importância dada ao pequeno comércio:
“Os pequenos comerciantes, que travam uma luta diária pela sobrevivência. O pequeno comércio deve merecer uma atenção especial porque constitui a única base de rendimento de muitas famílias.”
Os governos têm esquecido a importância deste sector e nos últimos tempos a actuação da ASAE chegou mesmo a ser deplorável, chegando mesmo o seu presidente a anunciar a falência de metade dos restaurantes.
2º A importância do mundo rural para a coesão nacional:
“O mundo rural faz parte das raízes da nossa identidade colectiva. A sua preservação é fundamental para travar o despovoamento do interior e para garantir a coesão territorial do País.”
Essa coesão deve ser vista em todas as suas vertentes, desde a social à ambiental, visão que não é considerada na PAC e que, ao contrário do que aqui tem sido defendido, é desprezada pelo ministério da Agricultura e mesmo pelas organizações representativas do sector, mais preocupada em favorecer os seus grupos e em conseguir ajudas comunitárias.
3º A necessidade de encontrar soluções para o endividamento externo:
“Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos.”
Esta é uma questão antiga e que desde há muito que não foi considerada na política económica muito por força do Euro que tem “dispensado” os políticos de pensar no problema.
4º A necessidade de criar riqueza:
“O reforço da capacidade competitiva das nossas empresas a nível internacional e o investimento nos sectores vocacionados para a exportação têm de ser uma prioridade estratégica da política nacional.
Sem isso, é pura ilusão imaginar que haverá verdadeiro progresso económico e social, criação duradoura de emprego e melhoria do poder de compra dos salários.”
Penso que há uma a necessidade premente de aumentar o rendimento dos portugueses, e defendendo uma distribuição mais justa da riqueza, mas para isso passa a criação de mais riqueza.
5º Maior rigor nas opções do investimento público:
“Há que prestar uma atenção acrescida à relação custo benefício dos serviços e investimentos públicos.”
Essa é uma questão há muito que eu defendo, ainda antes das últimas medidas de combate à crise defenderam-se os investimentos nas escolas e no desenvolvimento tecnológico por oposição às grandes infra-estruturas.
Embora não seja totalmente contra as “grandes” obras públicas, há investimento público muito mais prioritário, no plano da saúde, plano escolar, tecnológico, investir em energias renováveis, investimentos no interior do país, nesse país profundo etc.
E este investimento vai criar emprego, melhorar as condições de vida de muita gente, fixar gente nos seus lugares esquecidos por todos.
Pessoalmente concordo com o conteúdo do discurso e destaco alguns pontos que me parecem importantes:
1º A importância dada ao pequeno comércio:
“Os pequenos comerciantes, que travam uma luta diária pela sobrevivência. O pequeno comércio deve merecer uma atenção especial porque constitui a única base de rendimento de muitas famílias.”
Os governos têm esquecido a importância deste sector e nos últimos tempos a actuação da ASAE chegou mesmo a ser deplorável, chegando mesmo o seu presidente a anunciar a falência de metade dos restaurantes.
2º A importância do mundo rural para a coesão nacional:
“O mundo rural faz parte das raízes da nossa identidade colectiva. A sua preservação é fundamental para travar o despovoamento do interior e para garantir a coesão territorial do País.”
Essa coesão deve ser vista em todas as suas vertentes, desde a social à ambiental, visão que não é considerada na PAC e que, ao contrário do que aqui tem sido defendido, é desprezada pelo ministério da Agricultura e mesmo pelas organizações representativas do sector, mais preocupada em favorecer os seus grupos e em conseguir ajudas comunitárias.
3º A necessidade de encontrar soluções para o endividamento externo:
“Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos.”
Esta é uma questão antiga e que desde há muito que não foi considerada na política económica muito por força do Euro que tem “dispensado” os políticos de pensar no problema.
4º A necessidade de criar riqueza:
“O reforço da capacidade competitiva das nossas empresas a nível internacional e o investimento nos sectores vocacionados para a exportação têm de ser uma prioridade estratégica da política nacional.
Sem isso, é pura ilusão imaginar que haverá verdadeiro progresso económico e social, criação duradoura de emprego e melhoria do poder de compra dos salários.”
Penso que há uma a necessidade premente de aumentar o rendimento dos portugueses, e defendendo uma distribuição mais justa da riqueza, mas para isso passa a criação de mais riqueza.
5º Maior rigor nas opções do investimento público:
“Há que prestar uma atenção acrescida à relação custo benefício dos serviços e investimentos públicos.”
Essa é uma questão há muito que eu defendo, ainda antes das últimas medidas de combate à crise defenderam-se os investimentos nas escolas e no desenvolvimento tecnológico por oposição às grandes infra-estruturas.
Embora não seja totalmente contra as “grandes” obras públicas, há investimento público muito mais prioritário, no plano da saúde, plano escolar, tecnológico, investir em energias renováveis, investimentos no interior do país, nesse país profundo etc.
E este investimento vai criar emprego, melhorar as condições de vida de muita gente, fixar gente nos seus lugares esquecidos por todos.
1 comentário:
"O político é um mentiroso.
Mente tão completamente
Que chega a fingir que é verdade
A mentira que diz diariamente.
E os que ouvem o seu dizer,
Na mentira ouvida sentem bem,
Não as verdades do poder,
Mas as mentiras de Belém.
E a realidade da vida
Gira, a entreter a razão,
Tanta treta repetida
P'la boca dum aldrabão."
do blogue wehavekaosinthegarden
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