foto retirada, com a devida vénia, do blogue Chacomporradas.blogspot.com
Gostaria de fazer um qualquer outro post, que fosse mais positivo, que falasse de coisas que conquistámos após o 25 de Abril de 74, da liberdade de expressão, da igualdade de oportunidades, dos direitos humanos… de tantas outras coisas.
Embora não tenha vivenciado qualquer experiência da ditadura do antigo regime, porque a idade felizmente assim me permitiu, a verdade é que tive familiares próximos que sentiram na pele a consequência da luta que travaram com a própria vida por esses ideais que hoje nos parecem tão nossos e ao mesmo tempo tão distantes.
Esta distância, sinto-a hoje com a pena, que deverá caber a cada um de nós por termos deixado cair o sonho. A luta de outrora não passou de uma utopia. A mesma utopia que representa aquilo que ainda não existe, mas que poderia existir se o homem lutasse pela sua concretização.
Este meu post vem no seguimento de dois outros posts, de blogues que sigo atentamente, um mais do que outro, mas que me obrigaram a fazer uma profunda reflexão.
Chamem-me utópico, mas não posso deixar passar em branco o que o blogue “verdade das cinco”, no post que intitulou de “Psicóloga e GAJ: a cunha, a vergonha da Mealhada” mencionou. Poderá ser uma inverdade, poderá ser de uma extrema injustiça o que lá está expresso, mas também pode haver algum fundamento de verdade, e penso que, cabe à oposição a apuração destes concursos, que ultimamente, têm sido alvo de inúmeras suspeições, a começar pela sua divulgação e depois pela excessiva coincidência de quase sempre ganharem aqueles que afectivamente ou “familiarmente”, concorrem.
Não será mais saudável esclarecerem-se estas situações? A quem cabe esse pedido de explicações?
Depois no Blogue do Pedro Costa, e no seu post “ Da formalidade”, onde se refere que numa Acta de uma reunião ordinária da Câmara se pode ler que o “…Senhor Presidente da Assembleia Municipal da Mealhada terá proferido, numa entrevista, palavras que poderão ser consideradas como insinuações alegadamente atentatórias da competência e da imparcialidade da responsável pelo Gabinete Jurídico da C.M.M.” , ao que a Dra. Filomena Pinheiro terá respondido “que na sua opinião não há resposta possível às palavras proferidas na entrevista, porque toda a gente conhece o Senhor Presidente da Assembleia Municipal."
Termina o post, e na minha modesta opinião, muito bem, quando refere que “Se começamos a entrar por aí, mesmo sabendo que falta pouco para as eleições, é o concelho que perde. Perdemos todos nós. Quem não pretende concretizar, manda a sensatez não insinuar. Serve este conselho para todos, sem excepção. “
É exactamente por este motivo que este executivo da Câmara entrou em desgaste e em suspeições que em nada dignam o concelho e a instituição que representam.
O partido Socialista, na Câmara Municipal de Mealhada, como em todo o país, é o reflexo da prepotência, da arrogância e da falta de transparência. Parecem dementes que se esquecem do que fazem, ou que não têm a capacidade de entenderem a insensatez nos seus actos, pedindo alarvemente que lhes dêem mais poleiro, mais poder.
Já quase me sinto um comuna a falar, mas já chega!
Gostaria de apelar (porque os blogues também servem para isto!), de deixar um desafio ao Gonçalo Breda Marques, no sentido de usar o seu estatuto dentro da Câmara e dar a voz a todos os mealhadenses e pedir um esclarecimento a esta senhora Vice - Presidente e ao senhor Presidente da Câmara.
Senhor Breda Marques faça-nos crer que ainda há oposição, que ainda há quem lute contra estas situações. Como diz o “enjeitado” Manuel Alegre :
“Pergunto aos rios que levam
Tanto sonho à flor das águas
Os rios não me sossegam
Levam sonhos, deixam mágoas
…
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não. “